Inovações podem ser interpretadas de maneiras distintas de acordo com o setor que estamos nos referindo. Se uma empresa de varejo inova, isso quer dizer que ela avançou diante suas concorrentes e possui vantagens que podem vir a garantir liderança comercial. Porém, se essa inovação é no setor da saúde, estamos lidando com uma diferente forma de avaliar os avanços tecnológicos, não mais com estimativas lucrativas, mas como potenciais para mudanças significativas nos tratamentos e diagnósticos de milhares de pacientes.
O aspecto público e privado na saúde no Brasil implanta desníveis tratando-se da integração de tecnologias em suas operações, seja pela falta de investimentos ou conhecimento técnico, surgindo então a necessidade de uma democratização, ou seja, tornar ao alcance de qualquer instituição, pública ou privada, as vantagens de tecnologias como a inteligência artificial.
Mas será que é possível democratizar o uso da inteligência artificial na saúde? É isso iremos explorar a seguir.
A falta de investimento em tecnologia na medicina brasileira
O Brasil se saiu muito mal em uma pesquisa realizada no final de 2018 pela Royal Philips, líder em tecnologia de saúde. Apesar do Brasil ser o maior mercado de saúde da América Latina, segundo o levantamento, o país está entre os países com menor índice com relação a acesso, satisfação e eficiência em saúde.
Tais dados comprovam que há uma falta de investimento e estratégias de inovação no setor, sendo um aspecto emergencial a promoção de investimentos na inteligência artificial, para realizar diagnósticos rápidos e precisos, além de armazenamento e uso inteligente de dados.
As problemáticas do setor contribuíram para uma visão positiva referente a tecnologia como ferramenta de trabalho, pois, segundo esta mesma pesquisa, a grande maioria dos profissionais da saúde e da população em geral aprova o uso da inteligência artificial para melhorar a assistência médica.
É possível uma democratização da Inteligência Artificial na Saúde?
Apesar de sua variabilidade de funções, a expansão ampla da IA nas instituições médicas públicas e privadas segue em passos lentos. Ocasionalmente, encontra-se chatbots disponíveis nos sites dos hospitais para retirar a dúvida de pacientes, porém são bots com respostas programadas que não aprendem com o passar do tempo e, infelizmente, ainda não personalizam o atendimento do paciente como é promovido pela IA.
Um exemplo de democratização da IA está na saúde pública, o Sistema Único de Saúde (SUS) está sendo testado a Inteligência Artificial para agilizar os atendimentos e diminuir filas através da criação de parâmetros e filtros. Outro exemplo está no uso da inteligência artificial por laboratórios que analisam imagens de tomografias, possibilitando que os médicos identifiquem anomalias mais rapidamente e priorizem os casos para atendimento.
O que é preciso para a democratização da inteligência artificial?
Para uma continuarmos vendo uma crescente onda da inteligência artificial na saúde, é necessário que as instituições públicas e privadas estejam alinhadas primeiro em aspectos mais básicos que são bases para a inteligência artificial, como:
- Passar pela digitalização;
- Compreender os passos ao armazenamento e distribuição da informação digital;
- Treinar equipes e introduzir uma cultura digital;
Após estes primeiros passos, inicia-se etapas para o desenvolvimento da inteligência dentro de consultórios, laboratórios e salas de cirurgias.
Por conta da pandemia da COVID-19, instituições públicas e privadas tiveram que buscar auxilio em soluções tecnológicas para manter a programação de consultas e automatizar funções para maior eficiência e produtividade na rotina. A inteligência artificial, por exemplo, ganhou espaço. Ela já pode ser utilizada para:
- Análise de dados médicos complexos;
- Prevenção, diagnóstico, tratamento;
- Atendimento domiciliar;
- Otimiza o tempo médico com leituras e análises eficientes de exames;
- Resultado de pacientes.
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