O combate à COVID-19 continua nos hospitais brasileiros. Com a telemedicina regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina, agora os profissionais de saúde contam com alternativas de atendimento remoto para as mais diferentes demandas dos pacientes.
Muito mais que uma opção, a telemedicina é uma aliada para o combate à COVID-19, auxiliando o distanciamento social, mantendo o acompanhamento do estado clínico dos pacientes e, por fim, o mais importante: a segurança tanto do paciente quanto do profissional de saúde.
O que os hospitais estão enfrentando?
A telemedicina foi sancionada com urgência por conta do grande risco de transmissão da COVID-19 em hospitais, já que a circulação alta de pessoas nesses ambientes poderia provocar aumento no número de doentes e, consequentemente, superlotação nos leitos de UTI.
Infelizmente, muitas clínicas e hospitais ainda não se adaptaram com a prática remota da medicina, provocando deslocamento de pacientes com necessidades opostas ao novo coronavírus, aumentando ainda mais o risco de transmissão, principalmente para aqueles do grupo de riscos e que necessitam de acompanhamento médico regular.
No presente momento, os reforços dos profissionais e insumos são prioridades para o combate à COVID-19, porém, a luta contra outras doenças continua e possibilitar opções para o tratamento seguro dessas pessoas é ter responsabilidade com a vida.
Como utilizar a Telemedicina para o combate à COVID-19?
Enquanto pesquisas para a criação de uma vacina capaz de combater a COVID-19 prosseguem em laboratórios do mundo inteiro, a telemedicina auxilia pacientes e profissionais da saúde a manterem suas rotinas de atendimento, acompanhamento e monitoramento durante o distanciamento social.
Apresentamos agora formas de utilizar os serviços de assistência da telemedicina para combater a transmissão da COVID-19:
- Teletriagem
Um homem de 68 anos de idade, com problemas cardiovasculares, diabético e hipertenso acorda sentindo dores no corpo e, ao tomar o café da manhã, não sente o gosto dos alimentos. Ele começa a se preocupar. Será que é a COVID-19?
Nas atuais circunstâncias, a exposição em uma unidade hospitalar – principal ambiente de circulação do vírus – de um paciente com esse histórico médico seria um grande risco. O que fazer, então?
Teletriagem, é claro! A teletriagem é o primeiro relato do paciente sobre os seus sintomas ao médico. Por meio das plataformas de videoconferências, o profissional de saúde faz análise visual do estado físico do paciente e das informações relatadas,avaliando os sintomas e encaminhando o paciente para a assistência médica adequada. No caso do paciente idoso, o contato primário com o médico seria feito para esclarecer os sintomas, o histórico de saúde e de deslocamentos, e, posteriormente, o médico decidiria o encaminhamento: desde testes para o vírus até a necessidade de um atendimento presencial.
A principal necessidade tecnológica da teletriagem é uma plataforma que abarque chamadas de vídeos e voz, pois, por se tratar de uma avaliação de sintomas, a imagem e o som do dispositivo devem auxiliar o profissional na realização da análise física. Além disso, as informações dadas pelo paciente devem ser registradas em plataformas seguras e com a possibilidade de acesso e gerenciamento remoto, e compartilhamento entre os profissionais de saúde.
Com essa modalidade da telemedicina, o paciente possui primeira análise de seus sintomas, sendo assistido e encaminhado para a assistência correta, sem a necessidade de uma ida primária ao hospital.
- Telediagnóstico
Enquanto a teletriagem é voltada apenas para a avaliação dos sintomas, o telediagnóstico realiza um diagnóstico clínico do paciente.Ela funciona da seguinte maneira:
O paciente que já teve a consulta presencial pode ser diagnosticado remotamente por meio de avaliação de exames médicos. Nesse caso, o telediagnóstico abarca a necessidade tecnológica de hospedar prontuários médicos digitais, exames de imagens e, claro, videoconferência para comunicação.
Por se tratar de dados pessoais do paciente, o hospital deve estar equipado com plataformas de criptografia e autenticação, assegurando as informações confidenciais. Além disso, a avaliação dos exames deve ser feita em dispositivos com capacidade analítica de vários tipos de imagens: chapas raios-x, mamografias, polissonografias etc.
Um exemplo de grupo que poderia se beneficiar do telediagnóstico são aqueles pacientes com doenças cardíacas. O médico pode examinar eletrocardiogramas sem a exposição presencial do paciente de risco e dar um diagnóstico de sua condição.
- Teleconsulta
A teleconsulta é um dos serviços da telemedicina que muito provavelmente continuará em atividade pós-pandemia. Digamos isso porque a teleconsulta proporciona atendimento médico de qualidade independentemente da localização geográfica do médico e do paciente.
A teleconsulta é a consulta médica remota. É uma vantajosa opção para pacientes regulares, que já possuem vínculo estabelecido com o médico e precisam prosseguir com consultas de rotina, por exemplo, pacientes com doenças crônicas ou idosos que precisariam se deslocar entre cidades para o atendimento.
Entre as necessidades tecnológicas comuns também incluímos relatórios digitais e prescrição médicas digitais que podem vir a serem necessárias de encaminhamento ao paciente, delimitando demandas de segurança de dados para tais práticas.
- Telemonitoramento
Voltamos ao senhor do primeiro exemplo que estava com a suspeita da COVID-19. Ele foi submetido ao teste que confirmou a presença do vírus em seu corpo. Felizmente, ele apresenta apenas sintomas leves e pode continuar o tratamento em casa.
Para se manter em quarentena e prosseguir com a supervisão médica, o paciente conta com o telemonitoramento, ou seja, a prática de monitorar pacientes de forma remota.
O telemonitoramento é realizado pela avaliação de imagens, sinais e dados fornecidos pelo paciente de sua condição diária. Em alguns casos, o telemonitoramento é realizado junto a dispositivos agregados nos pacientes que compartilham as informações aos profissionais, por exemplo, de condições cardíacas.
O profissional de saúde deve possuir ferramentas e dispositivos que permitam o monitoramento em tempo real, como plataformas digitais que possibilitam realização de comunicação ágil via vídeo e voz. Além disso, também são necessários sistemas para o gerenciamento e acesso ao histórico virtual do paciente.
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